“Bioimagens” em neurociências e estudos clínicos com “terapias inovadoras” usando radiações no XII Congresso SBBN

 

Mesa Inovações em Bioimagens: Simone Coutinho (IF-UFRJ); Felipe Tancredi (H.I.A.EINSTEIN), Hernandes Carvalho (UNICAMP) e Samuel Greggio (InCer-PUCRS). Foto E. Fonseca (IPEN)

 
A mesa redonda “Inovações em bioimagens: sistemas ópticos, dinâmicos e híbridos”, coordenada por Marcelo Mamede (FM-UFMG) e Mercia L. de Oliveira (CRCN) demonstrou que, apesar da mudança de escala, os estudos convergem: Label-free imaging of single cell metabolism (Hernandes F. Carvalho, UNICAMP); Aplicação de microPET-CT em modelos animais de neuropatologias (Samuel Greggio, InsCer/PUCRS); Ressonância quantitativa com controle fisiológico (Felipe Tancredi, IIEPAE) e Uso da radiação ionizante como ferramenta no estudo de amostras biológicas: de corpos embrióides a minicérebros (Simone C. Cardoso, IF-UFRJ). 
Carvalho apresentou as vantagens de técnicas conhecidas como “Fluorescence lifetime imaging microscopy” (FLIM) e “Coherent anti-Stokes Raman Scattering microscopy” (CARS) no estudo de células e tecidos, integradas com equipamentos que miniaturizam imagens e facilitam a descoberta de novos fármacos. Tancredi apresentou técnicas de controle fisiológico com Ressonância Magnética (RM) para estudo da dinâmica de fluidos cerebrais, com ênfase no controle inteligente de gases respiratórios para avaliação da resposta hemodinâmica cerebral, ou reatividade vascular, ao CO2. Greggio apresentou pesquisas desenvolvidas no Centro de Pesquisa Pré-Clínica do InsCer , unidade de pesquisa básica, multiusuário e multidisciplinar, que permite aos pesquisadores avaliar, desenvolver e aplicar novas tecnologias, processos e tratamentos em neurologia, como microtomografia por emissão de pósitrons (microPET) em modelos animais de neuropatologias. Simone Cardoso mostrou o uso de corpos embrióides e minicérebros, com destaque ao Estudo da Pluripotencialidade de Células-Tronco a Nível Atômico, os quais possibilitam explorar a técnica de Fluorescência de Raios-X para estudar doenças neurológicas a nível embrionário, como a esquizofrenia, cujos mecanismos fisiológicos e bioquímicos não são bem entendidos. A proposta foi avançar no entendimento dos aspectos moleculares, celulares e metabólicos de doenças neurais, através do uso de células-tronco de pluripotência induzida (iPS). 

Mesa Terapia Fotodinãmica com Natalia Ilada (USP). Foto E. Fonseca

Três mesas redondas e três conferências internacionais apresentaram estudos clínicos com radiações ionizantes e não ionizantes:
“Terapia Fotodinâmica” coordenada por Rodrigo L. Marcos (UNINOVE) e Anderson Z. de Freitas (IPEN) teve palestrantes da USP abordando: Ensaios pré-clínicos e clínicos em terapia fotodinâmica (Natalia Inada, IFSC-USP); Inativação fotodinâmica de fungos fitopatogênicos (Gilberto Braga, FCFRP-USP) e Novidades em fotossensibilizadores, mecanismos e aplicações da terapia fotodinâmica (Mauricio Baptista, IQUSP) . Observa-se radiações não ionizantes são valorizadas por sua facilidade de uso e ausência de efeitos colaterais. Baptista mostrou que pequenos danos nas mitocôndrias induzem preponderantemente morte celular apoptótica, enquanto que danos em lisossomos induzem morte com autofagia. A maximização da eficiência de indução de morte celular  em paralelo (mitocôndria e lisossomo) induz ativação e inibição de autofagia. Novas moléculas orgânicas e nanopartículas híbridas orgânicas/inorgânicas possuem propriedades biológicas mais específicas para esse efeito. 
 
 

Mesa redonda sobre câncer prostático com Frank Bruchertseifer (EU J.R.C., Alemanha). Foto E. Fonseca 

Desafios do entendimento e tratamento do câncer prostático: um olhar da pesquisa básica e avanços do tratamento clínico”, foi coordenada por Elaine Araujo (IPEN) e Antero Andrade (CDTN). Após introdução sobre o estado da arte das pesquisas por Hernandes Carvalho (UNICAMP), dois médicos nucleares mostraram aplicações com Experiência de PET/CT em câncer de próstata com PSMA-68Ga (Marcelo L. Cunha, IIEPAE) e Novas Estratégias de tratamento em câncer de próstata (Euclides T. Rocha, H.C. Barretos). Para Frank Bruchertseifer (European Union, Joint Research Center, Alemanha) peptídeos marcados com radioisótopos alfa emissores podem chegar ao Brasil. “Challenges in alpha radioisotopes Ac-225 and Bi-213 production and labelling of antibodies and peptides for clinical usetem propriedades químicas e físicas com eficácia e segurança comprovadas em  estudos pré-clinicos e clinicos.  
“Fotomodulação (FMB) em Fisioterapia e Odontologia”, coordenada por Adenilson Fonseca (UERJ) e Kristianne Fernandes (UNINOVE) teve palestras de Rodrigo Lopes-Martins (UMC) que mostrou resultados do uso da FBM no reparo de lesões do tendão induzidas em ratos (envolvendo os mecanismos de ação) bem como ensaios clínicos em pacientes com diferentes tendinopatias; Kristianne Fernandes com efeitos biológicos da FBM em células inflamatórias, particularmente macrófagos, os quais são responsáveis pela fagocitose dos restos celulares degradados e células mortas e Mario O. Lima (UNIVAP) apresentando sua experiência em pacientes com fraqueza muscular após acidente vascular cerebral. A FBM associada à terapia robótica mostrou resultados promissores nesses pacientes aumentando a amplitude de movimento do cotovelo, diminuindo dor e fadiga muscular.

Lothar Lidge (Canadá). Foto: E.Fonseca

A conferência de Praveen Arany (Universidade de Buffalo,  USA) abordou “Stem cells and photobiomodulation therapy” com a fotobiomodulação (FBM) para cicatrização de feridas e regeneração de tecidos. Arany salientou ainda que a luz é capaz de desencadear vias moleculares específicas em células-tronco, capaz de promover ótimos resultados quando associadas as duas terapias. O conferencista Lothar Lilge (Universidade de Toronto, Canadá) falou sobre “Photodynamic treatment planning and dosimetry: development of an universal applicable treatment optimization process based on Monte Carlo simulations” usando técnica de Monte Carlo, através de um software de domínio público (FullMonte), como estratégia para planejar o tratamento de pacientes oncológicos. O transporte de fótons no tecido biológico foi executado em poucos minutos mesmo em modelos 3D.

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A Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN) é uma associação civil e sem fins lucrativos.

São associados pesquisadores, professores e tecnologistas (titulares) e estudantes de graduação, pós-graduação e pós-doutoramento (aspirantes), com formação em Ciências Biológicas e Biomédicas, Farmácia, Química e Física, de universidades públicas e privadas e instituições de pesquisas.

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