O Prof. Valbert Nascimento Cardoso (UFMG) coordenará o SIMPÓSIO “Explorando peptídeos como potenciais modelos de fármacos” no XI Congresso da SBBN. A SBBN planejou o Simpósio em conjunto com a Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SNeC), com as conferências: “Peptídeos derivados de peçonhas de artrópodes: como modelos de antimicrobianos, analgésicos e para tratamento da disfunção erétil” com Prof. Maria Elena de Lima (UFMG); “Ação antimicrobiana do peptídeo LyeTx I e LyeTx I mn k em modelo experimental de artrite induzida por S.aureus” com Prof. Simone O. A. Fernandes (UFMG); “Peptídeos radiomarcados como possíveis biomarcadores para a doença de Alzheimer” com a Prof. Luciana Malavolta Quaglio (FMSCSP) e “Hemopressina, um peptídeo derivado da cadeia alfa da hemoglobina como modelo para o tratamento da neuropatia diabética”com Prof. Camila Dale (ICB-USP).
Segundo a Dra. Simone Fernandes (professora da Faculdade de Farmácia da UFMG e membro titular da SBBN), a elevada incidência de infecções oportunistas e o advento da resistência aos antibióticos tem estimulado a busca por novos agentes antimicrobianos. Peptídeos antimicrobianos têm diferentes mecanismos de ação, quando comparados aos antibióticos clássicos. Serão apresentados resultados recentes mostrando a eficácia do peptídeo antimicrobiano derivado da peçonha da aranha Lycosa erythrognatha (aranha-lobo) no tratamento de artrite séptica, em modelo experimental.
Esforços têm sido feitos para buscar métodos para detectar e quantificar os depósitos amiloidais, preferencialmente no início ou mesmo em estágios pré-sintomáticos, como desenvolvimento de moléculas como marcadores não invasivos de depósitos de β-amilóide em DA. Outra aplicação de peptídeos e pequenas proteínas é em tratamento de diversas doenças, para controle de funções biológicas e formação de agregados amiloidais. Biomarcadores com peptídeos radiomarcados representam a base molecular para a imagem “in vivo” e terapia com alta especificidade devido à afinidade dos peptídeos ao alvo desejado. Finalmente, serão apresentadas perspectivas para diagnóstico e detecção precoce da doença de Alzheimer, utilizando peptídeos radiomarcados como moléculas sonda.
A Prof. Simone Fernandes (UFMG) coordenará o SIMPÓSIO “Imunomoduladores e barreira intestinal” no XI Congresso da SBBN, que terá as conferências:
“O papel de imunomoduladores sobre a barreira intestinal” com Prof. Valbert N. Cardoso (UFMG) e
“Alterações na permeabilidade intestinal induzidas pelo exercício físico em ambiente quente”, com Prof. Samuel Penna Wanner (UFMG).
Segundo o Prof. Valbert Cardoso (professor titular e chefe do Laboratório de Radioisótopos da Faculdade de Farmácia da UFMG e Diretor Científico da SBBN), as pesquisas recentes têm mostrado que o emprego de “imunomoduladores” tais como arginina, glutamina, citrulina, prebióticos e probióticos apresentam efeitos benéficos sobre o epitélio intestinal, mantendo a permeabilidade intestinal, contribuindo para o aumento dos níveis de IgA, a manutenção das “junções tight” e promovendo um balanço entre os níveis de citocinas pro-inflamatória e anti-inflamatória. Esses efeitos foram observados em estudos pré-clínicos de obstrução intestinal, colite, mucosite e realização de exercícios físicos em ambiente quente. Portanto, é promissora a utilização como terapia alternativa e complementar na prática clínica.