SBBN participa do Fórum das Sociedades da SBPC em 20/03/2018

Cerca de 80 representantes de sociedades científicas de todo o País estiveram reunidos nesta terça-feira, 20, na sede da SBPC, em São Paulo, para discutir e definir estratégias de ações para ciência, tecnologia, inovação e educação em 2018. 
A SBBN esteve representada no Fórum por Silvia Maria Velasques de Oliveira e Fabio Luiz Navarro Marques.
O encontro teve a participação de Marcelo Morales, diretor do CNPq, Geraldo Nunes Sobrinho, diretor de programas e bolsas no País da Capes, Jorge Audy, coordenador da Comissão Especial de Acompanhamento do PNPG 2011-2020 da Capes, e Fernando Nielander Ribeiro, representando a Presidência da Finep. Cada um apresentou um panorama atual dos organismos e os planos para 2018, para ouvir as sugestões dos participantes do Fórum.
Um ponto que levantou discussão foi a criação de um fundo privado de apoio à pesquisa, cujos recursos seriam oriundos de empresas dos setores elétrico, de bioenergia e petróleo, de telecomunicações e de mineração. Conforme contou Nunes, a aplicação dos recursos seria decidida por um conselho formado por entidades representativas da comunidade científica juntamente com representações da iniciativa privada. A Capes está estruturando esse fundo, mas, conforme foi ressaltado no encontro, o debate ainda não abrangeu a comunidade científica. “Essas discussões não foram abertas. Não temos ainda uma posição porque não tivemos acesso aos documentos dessa proposta. Isso deve ser feito de maneira adequada para que programas de pós-graduação das universidades públicas não corram o risco de serem decididos por empresas”, advertiu o presidente da SBPC, Ildeu de Castro Moreira.
Outra proposta levantada no Fórum é que se faça um levantamento de fontes de recursos para CT&I. O presidente de honra da SBPC, Ennio Candotti, observou que existem recursos de outros ministérios que deveriam ser canalizados para CT&I. “São recursos que podem ultrapassar R$ 10 bilhões, que estão sendo manipulados sem coordenação, sem uma política nacional. Ninguém controla o que é feito com esses recursos, que são pulverizados em transações pouco transparentes”, alertou e sugeriu: “As sociedades científicas poderiam pressionar para reunir todos os ministérios que possuem recursos para projetos na área de CT&I e buscar ações coordenadas de ciência, tecnologia e P&D. Hoje essa política está toda desencontrada”.
Cinco pontos de ação considerados centrais foram definidos no encontro:

  • a revogação da Emenda Constitucional 95 (do teto de gastos);
  • participação no debate em andamento da proposta da Capes de criação de um Fundo Privado;
  • ampliar o prazo para sugestões sobre o novo Modelo de Avaliação dos programas de pós-graduação da Capes;
  • demandar junto ao MEC a participação da comunidade científica na parte da BNCC relativa ao Ensino Médio;
  • a criação de um Observatório do Legislativo;
  • e fazer um levantamento junto ao Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) de recursos destinados para P&D que não chegam ao seu destino.

Os participantes do Fórum Permanente das Sociedades Científicas Associadas à SBPC se comprometeram a atuar em conjunto nos próximos meses para colocar em ação esses pontos. O presidente da SBPC recomendou que essa mobilização vá além dos representantes, e que se consiga um esforço maior, com a participação de toda a comunidade científica. “É fundamental mobilizarmos mais a nossa base, convocar os estudantes e pesquisadores a atuarem em conjunto conosco nesses pontos”, concluiu o presidente da SBPC.
Confira a notícia completa em:
http://www.jornaldaciencia.org.br/forum-permanente-das-sociedades-cientificas-associadas-a-sbpc-define-estrategias-para-2018/
http://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/?url=http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/2-sociedades-cientificas-manifestam-suas-preocupacoes-com-cenario-de-cti-em-2018/

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A Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN) é uma associação civil e sem fins lucrativos.

São associados pesquisadores, professores e tecnologistas (titulares) e estudantes de graduação, pós-graduação e pós-doutoramento (aspirantes), com formação em Ciências Biológicas e Biomédicas, Farmácia, Química e Física, de universidades públicas e privadas e instituições de pesquisas.

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