Participaram da reunião cerca de 1500 participantes, dos quais 72% alunos de iniciação científica e pós-graduação. A SBBN participou com 3 cursos, 2 simpósios e uma conferência, envolvendo 13 palestrantes convidados.
Participaram da reunião cerca de 1500 participantes, dos quais 72% alunos de iniciação científica e pós-graduação. A SBBN participou com 3 cursos, 2 simpósios e uma conferência, envolvendo 13 palestrantes convidados.
A participação da SBBN na XXXVIII Reunião Anual da FeSBE contou com as seguintes atividades:
SIMPÓSIO 1: Controle de riscos em pesquisas acadêmicas e pré-clínicas com radionuclídeos
Coordenação: Silvia Maria Velasques de Oliveira
RESUMO: Nas últimas décadas, centros de pesquisa têm investido esforços para o desenvolvimento e aplicações de radionuclídeos no campo da medicina, especificamente em radioterapia e medicina nuclear, sendo a maior parte empregada em medicina nuclear. No diagnóstico em medicina nuclear alguns tipos de radiofármacos são transportados no sangue e atingem o órgão alvo na proporção do fluxo sanguíneo, outros, denominados de específicos, são direcionados por moléculas biologicamente ativas, que se ligam a receptores celulares ou são transportados para o interior de determinadas células. Atualmente, os radiofármacos específicos detêm a atenção da investigação, por permitirem detectar alterações na concentração dos receptores em tecidos biológicos, especificamente em tecidos tumorais para os quais a expressão dos receptores se encontra alterada significativamente pela diferenciação celular. Fora do campo da medicina, estudos sobre a distribuição dos radionuclídeos naturais pertencentes às séries do U-238 e do Th-232 em matrizes ambientais estão sendo desenvolvidos. Em relação aos recursos naturais, as pesquisas buscam, principalmente, avaliar o teor desses elementos e de seus produtos de decaimento no solo, plantas, águas superficiais e subterrâneas, em fertilizantes fosfatados e em rejeitos resultantes da exploração de petróleo. Nesta palestra, será apresentado um panorama geral da pesquisa acadêmica em radionuclídeos.
2. Palestra: Controle ambiental na produção de radionuclídeos em cíclotrons. João Carlos Pereira da Silva (IEN/CNEN)
RESUMO: O rápido avanço no uso de técnicas nucleares, tanto em radiodiagnóstico quanto em tratamento, aumentou consideravelmente a demanda por radiofármacos, implicando em maior produção, o que pode causar um incremento de riscos à saúde dos indivíduos ocupacionalmente expostos (IOE) na produção, em razão de maior exposição a maiores atividades e tempos requeridos. Atualmente, no Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), são produzidos três radiofármacos: fluordexoglicose (18FDG), iodeto de sódio (Na123I) e metaiodobenzilguanidina (M123IBG). O processo compreende a irradiação de alvos para produção de iodo-123 (xenônio-124) e flúor-18 (oxigênio-18). Durante a irradiação, os principais agentes de exposição são radiações gama e partículas de nêutrons em torno das instalações dos aceleradores e dos alvos. Após a irradiação, esses radionuclídeos gerados são enviados para células de processamento onde são quimicamente tratados para a produção dos radiofármacos. Nesta fase, os principais agentes de riscos são as radiações gama dos radionuclídeos e possíveis contaminações em caso de vazamentos ou intervenções nas células de processamento. Os controles ambientais, ocupacional e do meio ambiente, são feitos mediante monitoramento e dosimetria pessoal, e filtros de retenção nos dutos de exaustão (salas e células). Estatísticas de controle revelam que as principais contribuições a doses pessoais são devidas às manutenções nos aceleradores (modelos CV-28 e RDS111) e nas células de processamento (iodo-123 e flúor-18). Embora, em alguns períodos, tenham ocorridos doses individuais externas acima do limite de investigação mensal (1,6 mSv), as doses anuais sempre estão sendo mantidas abaixo do limite anual (20 mSv). Registros de doses devido à incorporação, principalmente oriundas da incorporação de zinco-65 durante a manutenção dos aceleradores, indicam baixíssimo comprometimento de dose (em 50 anos). Incorporações de iodo-123 e flúor-18 não têm sido monitorados em razão das pequenas meia-vidas desses nuclídeos. Com a implantação do sistema de espectrometria gama, estudar-se-á avaliar possíveis incorporações mediante análise de excreta (urina, por exemplo).
3. Palestra: Rejeitos radioativos em laboratórios de pesquisas e serviços de medicina nuclear. Silvia Maria Velasques de Oliveira (IRD/CNEN)
RESUMO: No Brasil, 234 laboratórios de pesquisas e 441 pesquisadores registrados na Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) manuseiam materiais radioativos em diversas aplicações: biologia; ecologia; oceanografia; educação física; farmacologia; física nuclear; hidrologia, inclusive traçadores; nutrição; odontologia; química nuclear; radiobiologia; radiofarmácia; bioquímica agrícola; ciências do solo; doenças animais; entomologia; genética e reprodução vegetal; preservação de alimentos; produção animal e piscicultura. Na medicina nuclear, 420 serviços e 374 profissionais de nível superior registrados na CNEN são supervisionados por 268 supervisores de radioproteção com certificação da qualificação em radioproteção. Além de procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos de rotina, alguns serviços de medicina nuclear realizam pesquisas clínicas em estudos multicêntricos. Cerca de 10 novos cíclotrons necessitam de registros de radiofármacos produzidos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e demandam pesquisas pré-clínicas com animais. A palestra apresentará as etapas a serem conduzidas na gerência de rejeitos radioativos, incluindo classificação, contenção e segregação, armazenamento provisório, inventário e eliminação dos rejeitos, tanto em pesquisas acadêmicas como pré-clínicas no país.
4. Palestra: Avaliação de riscos de incorporação de radionuclídeos em pesquisas acadêmicas e pré-clínicas. Palestrante: Bernardo Maranhão Dantas (IRD/CNEN)
RESUMO: No Brasil são desenvolvidos vários tipos de pesquisa que utilizam radioisótopos como 14C, 45Ca, 51Cr, 3H, 125I, 32P, 33P, 35S, 90Sr e 99mTc na forma de fontes abertas. De acordo com o cadastro de Instalações Radiativas da CNEN, 3H e 32P são os mais frequentes. Profissionais e estudantes envolvidos estão passíveis de exposição externa e contaminação interna. Foi realizada um avaliação dos riscos radiológicos associados a estas práticas e os riscos relacionados à contaminação interna, fornecendo subsídios para o planejamento de ações visando à melhoria das condições de radioproteção e segurança dos laboratórios. Os critérios adotados neste trabalho e os aspectos de segurança verificados foram definidos com base na Norma CNEN 3.01 e em publicações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A partir destas referências foi elaborado um roteiro para realizar o levantamento de dados sobre as condições de manipulação de radioisótopos nos laboratórios de pesquisa. A necessidade de implementação de ações relacionadas à monitoração interna depende de fatores como radionuclídeos e atividades manipuladas anualmente, tipo de operação realizada, prováveis vias de incorporação, equipamentos de proteção usados pelos profissionais e sistemas de contenção e ventilação instalados no laboratório. Deve-se considerar, por outro lado, que o risco individual de exposição é reduzido quando a atividade total utilizada anualmente no laboratório é fracionada em vários experimentos distintos conduzidos por diferentes pesquisadores e alunos. Embora o risco de tais atividades seja relativamente baixo, existe pouco conhecimento de aspectos de radioproteção entre os profissionais envolvidos nesta atividade, o que conduz a um baixo controle das fontes e do acesso aos locais de manipulação de materiais radioativos. Com base nestas observações propõe-se a elaboração de um guia prático de radioproteção e segurança específico para laboratórios de pesquisa, visando a melhoria do treinamento dos profissionais envolvidos neste tipo de atividade e, consequentemente, a redução dos riscos de exposição e a perda de controle de fontes e materiais radioativos em instalações de pesquisa.
SIMPÓSIO 2: Radioisótopos e imagem molecular em ciências biológicas e médicas
Coordenador: Fabio Luiz Navarro Marques (CMN-FM-USP)
1. Palestra: Situação atual da produção de radioisótopos e pesquisa em imagem molecular no Brasil. Fabio Luiz Navarro Marques (FMUSP)
2. Palestra: Aplicações da imagem molecular em oncologia: O microambiente tumoral como alvo terapêutico e diagnóstico. Roger Chammas (FMUSP)
3. Palestra: Neuroimagem molecular: Modelos experimentais e aplicações clínicas. Geraldo Busatto (FMUSP)
CONFERÊNCIA: Efeitos biológicos de lasers terapêuticos: Indução de lesões e reparo do DNA.
Apresentador: Silvia Maria Velasques de Oliveira (IRD/CNEN)
Conferencista: Adenilson de Souza da Fonseca (UERJ)
CURSO 1: Aplicação de técnicas nucleares para fins de diagnóstico
na área de saúde. Coordenador: Valbert Nascimento Cardoso (UFMG)
Aula 1: Bases físicas das radiações. Valbert Nascimento Cardoso (UFMG)
Aula 2: Radiofármacos para tomografia por emissão de fóton único e suas aplicações. Simone Odília A Fernandes (UFMG)
Aula 3: Radiofármacos para tomografia por emissão de pósitron (PET) e suas aplicações. Soraya M. Dias Ferreira (CDTN)
CURSO 2: Bioestatística básica. Coordenador: Adenilson de Souza da Fonseca (UERJ)
Aula 1: Construindo a amostra. Adenilson de Souza da Fonseca
Aula 2: Analisando a amostra. Adenilson de Souza da Fonseca
Aula 3: Testando hipóteses sobre a amostra. Adenilson de Souza da Fonseca
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